Jornais desafiam o Google e abalam o mundo da IA!
Batalha nos bastidores e nos meios de comunicação vs. Inteligência Artificial. Diversas associações de Jornais pelo mundo exige mudanças e direitos autorais em meio ao avanço da IA generativa do Google.
Os principais meios de comunicação internacionais e alguns poucos brasileiros estão atualmente travando uma batalha nos bastidores com gigantes da tecnologia, como o Google para evitar penalizações no posicionamento web, o famoso SEO, que poderiam resultar em uma significativa perda de audiência. O motivo dessa controvérsia gira em torno do bloqueio de chatbots que raspam notícias para treinar inteligência artificial generativa.
Veja como está essa luta as implicações que ela tem para a indústria da mídia e tecnologia.
Jornais Vs IA Google
Recentemente, Elon Musk, o dono do Twitter (X), se viu obrigado a agir quando percebeu que chatbots estavam explorando indiscriminadamente o conteúdo de sua plataforma. Ele ativou e, posteriormente, cancelou um limite de leitura de tuítes para evitar que chatbots, como o ChatGPT da Open AI, explorassem todo o fluxo de texto do Twitter para treinar suas inteligências artificiais à custa da API do Twitter.
Essa preocupação de Musk foi um indicativo do que estava acontecendo na internet. O uso desenfreado de chatbots para treinar inteligência artificial gerou um alerta para toda a indústria de inteligência artificial, incluindo gigantes como o Google e a Microsoft.
A Associação de Meios de Informação (AMI), que representa os jornais espanhóis, agora está exigindo mudanças. Eles não querem apenas negociar o uso de suas notícias para chatbots; eles querem garantias de que não serão penalizados de nenhuma forma.
A AMI está implicitamente pressionando o Google para não afetar seu SEO caso eles decidam bloquear chatbots que utilizam suas notícias para treinar inteligência artificial. Em termos simples, eles não querem ver sua visibilidade na internet prejudicada devido ao uso de chatbots.
AMI Vs Google
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Proteger nossos dados e informações pessoais na era da inteligência artificial (IA) é uma preocupação legítima. No entanto, bloquear completamente o uso de nossos dados pela IA pode ser uma tarefa desafiadora e pode ter consequências indesejadas (pare e pense nesse quesito).
A IA é alimentada por uma grande quantidade de dados, e é a partir dessas informações que ela funciona de maneira eficaz. Portanto, é difícil impedir totalmente o uso de nossos dados pela IA, a menos que optemos por não utilizar a internet ou serviços online, o que seria uma ação extrema.
No entanto, é importante notar que os algoritmos de IA também podem fazer uso de dados coletados por outras fontes, como histórico de navegação e informações de perfil, que podem ser mais difíceis de bloquear completamente.
Se optarmos por bloquear completamente esses rastreadores, nossos sites e conteúdo não serão indexados pelos mecanismos de busca, o que pode ter implicações graves para a visibilidade online, especialmente para empresas e indivíduos que dependem do tráfego orgânico para seu sucesso na web.
The New York Times contratando um novo chefe para área de inteligência artificialPortanto, a chave está em encontrar um equilíbrio entre proteger nossos dados pessoais e manter nossa presença online.
Um dos pontos-chave que a AMI concordou em sua assembleia-geral é que sistemas de IA generativa não devem criar situações de concorrência injusta nos mercados. Eles argumentam que a recusa de um editor ou agência de notícias em permitir o uso de seu conteúdo por sistemas de IA não deve afetar a visibilidade desse editor na internet.
Isso não é apenas uma luta interna, mas o The New York Times, um dos jornais mais renomados do mundo, também tomou medidas para evitar que sua propriedade intelectual fosse utilizada para treinar IA gratuitamente.
A AMI também fez outros pedidos importantes para as administrações públicas e plataformas online, incluindo:
Respeito pelos criadores de conteúdo: Desenvolvedores de IA generativa devem respeitar o trabalho e o investimento dos criadores de conteúdo, incluindo direitos de editores e agências de notícias.
Negociação justa: Editores e agências de notícias devem ter a capacidade de negociar uma remuneração justa pelo uso de seus direitos de propriedade intelectual em sistemas de IA.
Proteção contra uso não autorizado: Editores, agências de notícias e criadores devem ser protegidos contra o uso não autorizado de seus trabalhos.
Transparência: Os sistemas de IA generativa devem ser transparentes sobre os materiais utilizados em sua formação e na produção de resultados.
Responsabilidade dos desenvolvedores: Desenvolvedores de sistemas de IA generativa são responsáveis pelos resultados entregues por seus sistemas.
Garantia de privacidade e segurança: O direito à privacidade e à segurança dos indivíduos no desenvolvimento e uso da IA generativa deve ser respeitado.
Essas demandas refletem a crescente preocupação da indústria da mídia e da tecnologia em relação ao uso da IA para treinamento, bem como a necessidade de proteger os direitos autorais e garantir a justiça e transparência nesse novo campo de desenvolvimento tecnológico.
O resultado dessa batalha terá um impacto significativo nas práticas de SEO e na forma como a IA é treinada no futuro. Enquanto os meios de comunicação buscam proteger seu conteúdo e sua visibilidade na internet, as empresas de tecnologia estão sendo desafiadas a encontrar soluções que atendam a todas as partes envolvidas.
Desmistificando os Mitos: SEO não morreu!Espero que tenha curtido o conteúdo sobre:
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