Algoritmos, influenciadores e democracia - Usando as redes para radicalizar a Geração Z
O impacto dos algoritmos das redes sociais na disseminação de conteúdos e na formação de opinião pública tem sido um tema recorrente, especialmente após as últimas eleições europeias.
Recentemente, uma análise revelou que influenciadores de extrema direita parecem ter mais sucesso em plataformas como YouTube e TikTok. Vamos entender por que isso acontece.
Um dado impressionante mostra que 65% dos usuários da geração Z no YouTube se consideram criadores de conteúdo de vídeo. Esta estatística revela uma tendência crescente onde os jovens não apenas consomem, mas também produzem conteúdo. Adicionalmente, 66% desses usuários passam mais tempo assistindo a vídeos onde há discussões ou análises em vez de simples apresentações de produtos ou informações.
No YouTube e no TikTok o consumo de conteúdo está se tornando cada vez mais segmentado. No TikTok, os nichos são mais temáticos, enquanto no YouTube, além de temáticos, são também comunitários. Isso reflete uma diferença significativa no comportamento do público em ambas as plataformas.
O papel dos algoritmos na política tem sido amplamente debatido. A função principal de um influenciador é criar conteúdo que se alinhe com os algoritmos das plataformas tecnológicas. Esses algoritmos, por sua vez, favorecem conteúdos que geram mais engajamento. Muitas vezes, isso significa dar mais visibilidade a conteúdos que provocam reações fortes, como os incendiários, polêmicos e até reacionários.
Algoritmos como os do YouTube e Facebook priorizam conteúdos que geram mais interações, como curtidas, comentários e compartilhamentos. As plataformas utilizam algoritmos para exibir conteúdos que se alinham com o histórico de navegação e preferências do usuário. Isso cria "bolhas de filtro", onde usuários são expostos apenas a informações que confirmam suas crenças pré-existentes, dificultando o debate e a construção de um senso crítico.
Material completo: YouTube Culture & Trends - Data and Cultural Analysis for You
ChatGPT: Como identificar artigos gerados com IAOs influenciadores de "extrema direita", portanto, encontram um terreno fértil nesses algoritmos. Conteúdos que despertam ódio, utilizam linguagem politicamente incorreta e lançam acusações não verificadas tendem a receber mais atenção e compartilhamentos, ampliando seu alcance.
Esse fenômeno levanta a questão: é compatível ser influenciador e ter valores democráticos?
A ascensão dos influenciadores de extrema direita nos algoritmos das redes sociais coloca em xeque a compatibilidade entre ser influenciador e defender valores democráticos. Os algoritmos premiam o sucesso individual em detrimento do coletivo, criando um ambiente propício para a disseminação de ideias que podem ser prejudiciais à democracia.
Fonte de informação:
Pesquisas recentes do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) indicam que conteúdos de extrema direita são compartilhados 70% mais vezes do que outros tipos de conteúdos no Twitter. Estudo da Universidade de Stanford revelou que o algoritmo do YouTube recomenda vídeos de extrema direita três vezes mais do que vídeos moderados ou de esquerda.
Medidas como a criação de algoritmos mais transparentes, o combate à desinformação e a promoção da educação midiática são essenciais para garantir que as redes sociais sejam ferramentas de construção de uma sociedade mais justa e democrática, e não um palco para a propagação de extremismo e ódio.
Afinal, o futuro da democracia pode depender da forma como lidamos com o poder dos algoritmos e a influência digital.
Grupos ativos nas redes sociais mito ou verdade na hora de posicionar nos buscadores?Espero que tenha curtido o conteúdo sobre:
Algoritmos, influenciadores e democracia - Usando as redes para radicalizar a Geração Z
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