Revolucione o seu conteúdo criando o seu próprio ChatGPT
Nos últimos dias, o cenário digital passou por transformações significativas, especialmente com a expansão global do Google SGE (Search Generative Experience) e o avanço da IA ABERTA em direção a uma inteligência artificial personalizada. Essas mudanças não são apenas ameaças, mas também oportunidades para quem está buscando consolidar suas audiências.
A recente revelação da loja GPT pela OPEN AI adicionou um novo elemento ao jogo, permitindo que qualquer usuário crie, carregue e monetize seu próprio ChatGPT sem a necessidade de conhecimento avançado.
A ameaça da última disrupção
No passado, grandes mudanças no cenário digital resultaram em significativas perdas de receitas para os jornais e sites. A ascensão da inteligência artificial generativa, tanto fora quanto dentro dos grandes canais de audiência, representa uma nova disrupção. Com a incerteza sobre como o Google SGE afetará as métricas, é crucial que todos estejam preparados para evitar repetir a história de perdas de receitas.
Já existem algumas estimativas sobre boa parte das serps que não são boas:
O famoso conteúdo evergreen terá uma perda de + - 30%.
Alguns dos trechos em destaque com menos de 80%.
Palavras-chave de cauda longa vai cair pelo menos -80%.
Para quem ainda não está ciente o novo SEO para o Google SGE evoluiu a partir do BERT e do MUM. O BERT trata-se de uma técnica de rede neural de código aberto que treina o algoritmo do Google para responder como uma pessoa.
Em essência, ele compreende a consulta da caixa de pesquisa do Google não apenas por palavras-chave, mas como frases ou sentenças completas, levando em consideração o contexto. Nesse contexto, e avanço logo depois foi o MUM, uma tecnologia que simplifica as perguntas complexas feitas ao mecanismo de busca para um único resultado. Ele "trabalha" como um especialista que abrange informações em diversos idiomas e formatos múltiplos: páginas da web, fotos ou vídeos.
Com o BERT, o SEO tornou-se menos mecânico e mais humano, e com o MUM, por assim dizer, elevou-se no funil, tornando-se mais especializado, pois fornece contexto e formatos.
Em resumo seria + - dessa forma:
Assistente de conversação: SGE é uma nova experiência de pesquisa do Google que integra uma espécie de ChatGPT proprietário sobre o que antes era uma cascata de links ou módulos ricos (Top Stories, Vídeos, painéis de conhecimento).
Conversação vs Recomendação: O SGE tem dois modos um instantâneo e outro conversacional. Quando solicitado, o modo Instantâneo responde com resumos criados por IA e inclui links para fontes externas.
Buscas personalizadas: O modo de conversação permite que você faça perguntas de acompanhamento (botões inferiores) e refine ainda mais sua pesquisa, mantendo o contexto (aprendizado por reforço).
Nichos e especialização: SGE faz comparações, aprimora verticais voltadas para e-commerce e busca local.
Compra de tráfego: Vai ter anúncios incorporados no SGE, que o Google identifica como patrocinados.
E-E-A-T: Usa modelos de linguagem específicos de pesquisa, com supervisão humana os famosos testadores de conteúdo que treinam o bot.
Modo especialista: Na dúvida sobre desinformação, os temas de saúde, finanças, etc. (YLYM) entrarão com maior cautela na SGE ou sua IA mostrará informações muito confiáveis ligadas a especialistas na área.
Tem um doído que as vezes viaja nas ideias, mas normalmente o danado do Tiago Miarelli acerta e algumas das informações, tirei de algumas conversas com ele. Miarelli pode profetizar mais, pois eu sempre leio kkkk.
SEO será totalmente volátil, pois teremos cada SERP personalizada para busca do dia. Dessa forma, adeus ao SEO convencional e alcançar a primeira posição pode se tornar inútil.
Desvendando a terrível GenAI para SEO no SGE
Compreender como a inteligência artificial generativa é treinada tornou-se fundamental para otimizar o conteúdo para o SEO no SGE. A complexidade desse processo, desde a base imediata até o feedback humano, exige uma compreensão aprofundada. Esta mudança não é diferente das adaptações necessárias nos primeiros dias do SEO no SERPS, onde entender as palavras-chave reconhecidas pelo Google era desafiador.
Hoje com a nova busca muita coisa mudou e todo dia teremos algo novo na serp para a mesma busca.
Algumas organizações pioneiras, como a Bloomberg e a MCWORLD, já tem os seus ChatGPTs próprios. Essas iniciativas mostram que as GPTs podem ser utilizadas como uma nova abordagem na disseminação de notícias. A capacidade de gerar conversas informativas sobre uma variedade de tópicos pode se tornar uma ferramenta valiosa para atrair audiências e manter a relevância.
Atração da Geração Z com Chatbots
Os chatbots, especialmente após os testes iniciais do Google SGE, mostraram ser populares entre a Geração Z. Em uma era onde a atenção nas redes sociais é disputada, a capacidade de envolver essa audiência em plataformas como TIKTOK, Instagram e Discord é essencial. A mídia deve abraçar essa nova forma de interação para não perder terreno na batalha pela atenção do público jovem.
Os testes realizados pelo Google SGE indicam que os anúncios são bem aceitos pelos usuários que utilizam o módulo de perguntas generativas. Isso abre uma nova janela de oportunidade para a mídia explorar estratégias de monetização, incorporando publicidade, links de afiliados ou acesso premium para assinaturas. Ignorar essa oportunidade pode representar uma perda significativa no atual cenário digital.
Vantagem competitiva para rádios e revistas
A SGE cria respostas personalizadas para cada usuário, e rádios e revistas podem ter uma vantagem ao adaptar seus formatos para essa inteligência artificial. A familiaridade das estações de rádio com assistentes de voz e a natureza formativa do conteúdo das revistas podem proporcionar uma posição privilegiada no Google SGE. Isso destaca a importância de entender as nuances da interação com essas plataformas para otimizar o posicionamento do conteúdo.
O Google SGE representa uma disrupção significativa, e os editores devem adotar uma abordagem baseada em cenários para enfrentar os desafios. O planejamento estratégico, com análise SWOT, deve incluir a integração de ChatGPTs próprios como parte fundamental do experimento. Entender como os usuários interagem com esses bots é crucial para antecipar o impacto nas receitas e manter a competitividade no novo cenário digital.
A evolução para um modelo de plataforma inovador
A OPEN AI está transformando o ChatGPT em um verdadeiro canivete suíço, permitindo funções além da conversação. Essa evolução para se tornar uma plataforma de serviços de API destaca a necessidade dos meios de comunicação aprenderem com as grandes empresas de tecnologia. Assim como têm aplicativos de notícias no Android e iOS, criar ChatGPTs próprios deve ser parte integrante de uma estratégia que busca um modelo mais plataforma, onde os leitores se tornam o produto.
A ideia é bem simples criar 'Jardins Murados' para proteger audiências qualificadas.
A chegada da inteligência artificial aos principais canais digitais, com o ChatGPT já acumulando 100 milhões de usuários ativos por semana, destaca a necessidade urgente de conquistar tráfego direto. Os meios de comunicação devem focar na aquisição e criação de ecossistemas fechados, como newsletters, paywalls e apps próprios. Isso visa evitar que o Google SGE canibalize o conteúdo, conforme as previsões sombrias indicam uma possível catástrofe nas métricas tradicionais de SEO.
Esse novo formato pode ter vantagens para as rádios
Basicamente, porque se as versões digitais das estações de rádio conseguirem copiar os formatos falados das suas locuções para as suas notícias online, as máquinas da Google, mais humanas, mais funcionais para os assistentes de voz, vão compreendê-las melhor.
Já andei lendo que alguns departamentos de tecnologia de rádio, por outro lado, vêm treinando assistentes de voz (Google Home, Alexa) há anos como parte de seus canais de aquisição de audiência.
Adaptar-se agora às linguagens de IA desses "falantes" não representaria uma curva de aprendizado tão alta quanto para outras mídias com tipologias diferentes.
Publicidade e planejamento de receita devem ser 'baseados em cenários'
O atual CEO da CNN, Mark Thompson, em sua passagem anterior como CEO do The New York Times, deixou algumas dicas estratégicas para superar a grande crise publicitária dos anos covid.
Naquela época, Thompson compartilhava uma matriz, na qual vários cenários possíveis eram propostos, dos mais pessimistas aos menos pessimistas. Com a chegada do Google SGE, esse mesmo planejamento deve ser realizado, o de cenários, não o de ano de publicidade (ou receita).
Diante de uma disrupção como a da IA, em geral, e do Google SGE, em particular, criar essas oportunidades ou ameaças na qual seus próprios ChatGPTs devem entrar como um experimento.
Sem entender como os usuários interagem com nossos próprios bots, não seremos capazes de inferir como eles lidam com os da Big Tech. Com o tempo isso não será mais novidade e todos super acostumados com essa nova tendência.
Não é simples e também não é fácil, mas será necessário readaptar muita coisa para essas novas tecnologias. Com o tempo essa onda de medo vai passar.
Como alavancar o SEO no Google SGE?Espero que tenha curtido o conteúdo sobre:
Revolucione o seu conteúdo criando o seu próprio ChatGPT
Em SEO temos diversos artigos sobre este tema. Recomendo :)
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Excelente artigo, muito esclarecedor, artigo muito rico para os profissionais da comunidade de SEO. parabéns Claúdio